domingo, 11 de março de 2012

Cartas Consoladoras

Imensamente agradecida a Deus pela oportunidade de ter participado da reunião de cartas consoladoras hj na SEEF, Sociedade de estudos espíritas feirense, o centro espírita que frequento. As atividades se iniciaram pela manhã logo cedo, foram distribuídas 200 senhas, e a essas, foram dadas fichas onde se preenchia o nome de quem pedia a comunicação, o nome do ente desencarnado, a data do desencarne e a data de nascimento. 
Eu fui a essa reunião em particular porque minha filha, que perdeu o avô paterno recentemente, esperava uma mensagem dele que não veio. Já sabíamos que seria humanamente impossível para um médium escrever 200 cartas em 2 horas, até porque são cartas ricas em detalhes, nomes, referências familiares, e isso demanda tempo na escrita.
Mas muitas outras vieram, e pude presenciar o efeito consolador que as mensagens dos entes queridos que já estão na outra margem da vida promovem no coração de tantas mãe, pais, viúvas, filhas e parentes.  Várias mães que ali chegaram com a sensação de útero vazio e sairam de lá com o coração repleto de amor e consolação, vendo a assinatura de seus filhos, sua forma feliz de retratar a nova vida, seus relatos de estudo e trabalho feliz e houve um desencarnado que escreveu o próprio número de seu R.G. na tentative de que seu irmão acreditasse em seu estado de vida do outro lado e modificasse a própria conduta. 
Quanta alegria e consolação aquelas cartas trouxeram. Como sou feliz de ter presenciado ali, a comunicação das pessoas, dando detalhes de seu desencarne, citando parentes, pedindo perdão aos pais, tolerância, trabalho em favor do próximo, resignação! 
Eu só pensava em como a maioria das pessoas pode não conseguir ver que a vida não acaba com a morte. Que a vida continua. É só uma mudança de endereço, como disse um dos desencarnados. Que nada acontece por acaso. Deus é infinitamente justo e bom, e sua misericórdia se estendo por sobre todos, bons ou menos bons. Que todos são perdoados, que todos são consolados, que todos são socorridos... que todos são amados!
Como é bom, poder ver a alegria daquelas pessoas e me regozijar com sua felicidade, como é bom ficar feliz com a felicidade do outro. Aumenta muito as minhas oportunidades de me sentir feliz! Que dia feliz, vivi ontem. Adiei planos, parei tudo por um dia inteiro, mas produzi muito mais em harmonia, afeto, resignação, do que se tivesse trabalhado por todo o dia! 
Meu Deus! Como lhe sou grata por ter estado lá! Como é bom ter a certeza de que há vida após a vida e que o amor de Deus não nos desampara ninguém, jamais! A cada um, conforme suas obras!
Para quem quiser conhecer o trabalho dos médiuns e reforçar a sua fé na vida, esse é o site deles: http://www.cartaconsoladora.com.br/
Por Cris Vaccarezza

Ponto de vista

Com que olhar você anda olhando o mundo?  Com o olhar crítico ou com  o olhar criativo? Tudo na vida tem duas vias, pelo menos dois pontos de vista, dois sentidos, duas concepções, dois lados. Frente e verso, up and down, ida e volta. Nada fica, tudo se modifica e por isso nada é imutável. Tudo acaba se tornando um ciclo. Assim, tudo o que vem, tem volta.
Se pararmos para pensar nada nessa vida é totalmente bom, ou totalmente ruim. Tudo é relativamente bom, mesmo os piores acontecimentos, deixam um saldo positivo de aprendizado, por menor que seja. E mesmo as melhores aquisições, tem seu ônus agregado. Um dia, eu disse isso a um amigo que rebateu: Ah, não! Ganhar na megasena acumulada, pra mim não tem nenhuma desvantagem. Eu disse pra ele no dia em que ele ganhasse na megasena acumulada, muitas de suas certezas seriam abaladas, inclusive essa que ele acabara de afirmar. Ele nunca mais teria certeza de suas relações, de sua segurança, de sua autonomia.
Não há nada absoluto nessa vida. Einstein já afirmava isso. Só a verdade. Certo? Errado! Nem a verdade é absoluta, posto que não a conhecemos por inteiro. Quantas vezes achamos que temos certeza a respeito de um fato e nos surpreendemos quando descobrimos fatos novos que desconhecíamos. Só quem não pensa, julga conhecer toda a verdade. Sua verdade é limitada, e ele não quer questioná-la. O porque de não questionar, já faz parte da verdade de cada um. Mas sim, em minha opinião, a verdade é relativa. Basta ver as religiões, onde cada um crê na verdade que mais lhe apraz e alguns, chegam a matar ou morrer por ela. Relativo, tudo relativo. Fruto da construção mental de um ser humano. Fruto da imaginação de alguém, e adotamos como se fosse a própria verdade divina. Não é atoa que Jesus Cristo um dia disse: "Conhecereis a verdade, e ela vos libertará". Ainda não a conhecemos. Somos pois, cativos de uma meia verdade.
Mas verdades à parte, o olhar com que vemos o mundo importa sim, na nossa forma de viver a nossa vida. Bom humor ou mal humor.
Independente da verdade ser ou não conhecida, se há um pouco de positivo em cada ponto negativo, o que muda é a forma como encaramos esses fatos que ocorrem a todos. Vale a pena ser mal humorado, depressivo, reclamar de tudo, ver tudo com lentes cinza? Ou vale a pena ser otimista, viver todo o tempo de bom humor, rindo da própria miséria e dando bom dia aos infortúnios. Sonhando sem nada realizar? O que é melhor? Viver nas nuvens, ou sob a terra?
Quem vive nas núvens, vive fora da realidade, vive um mundo p´ropiro, só seu, diverso do que vivemos aqui, sublimou, fugiu, desapareceu e convive de forma harmônica com suas neuroses. Sobrevive ao mundo, estando fora dele.
Quem vive sob a terra, se acha excluído, menosprezado, infeliz, miserável. Tem um mal humor crônico. quase patológico. Vive da mesma fora em seu mundo negativo, cheio de péssimas vibrações. Também fugiu da realidade por conta das experiências negativas que vivenciou.
Ambos reagiram a estímulos desagradáveis de forma diferente. Um sorriu, quando a vida lhe bateu a porta na cara e o outro se revoltou com a porta batida, gritou , esperneou. Ambos sentiram, ambos reagiram, de formas diferentes, mas os dois resolveram que se possível nunca mais bateriam em uma porta outra vez. O primeiro fingiu que não ligou, deixou pra lá. O segundo comprou briga, fechou a cara. Mas também se machucou.
O que tem que ser visto é que a vida sempre vai bater a porta na cara de alguém. São experiências, aprendizados. O que temos que fazer é raciocinar. Você anda olhando o mundo com o olhar crítico ou com o olhar criativo? Isoladamente, o olhar criativo pode torná-lo um sonhador irresponsável. O olhar crítico, pode torná-lo um chato. O segredo é usar um pouco dos dois. Ver a vida com suas cores, sem se tornar o próprio arco-iris, irreal, virtual, utópico, superficial. O equilíbrio é a saída para tudo na vida!
Por Cris Vaccarezza

segunda-feira, 5 de março de 2012

"Nada é tão contagioso quanto o mal"

Hoje, um amigo postou em seu perfil essa frase. Eu pensei, pensei, e conclui o seguinte:
Eu não creio na existência do mal. Para mim, só há o bem e ausência dele. Em sendo ausência, nada mais é que um espaço a ser preenchido em cada um de nós. Infelizmente, nossa visão humana imediatista e materialista, só vê as consequências da ausência do bem, da falta de solidariedade, da falta de amor ao próximo, da falta de perdão; e dá a isso o nome de MAL. Como se o mal fosse algo que está fora de nós.
Em minha opinião, o mal, nada mais é que a falta da prática divina dentro de nós. Ninguém é inteiramente bom ou mau. Ser bom é uma escolha difícil, exige esforço, renúncia, humildade, generosidade. Fazer o bem é uma escolha diária. Assim como fazer o mal. Mas não é impossível. Nada é imutável. Todos evoluímos. Cada um na sua velocidade, mas todos na mesma direção.
Penso que a propagação do mal, não será detida construindo muros, mas dando-se as mãos e fazendo pontes entre pessoas.
Esse é mais um dos muitos motivos por que me tornei espírita!

Por Cris Vaccarezza

domingo, 4 de março de 2012

Desmistificando o espiritismo


Há uma confusão enorme que ocorre freqüentemente quando alguém diz ser espírita. Há os que torcem o nariz por achar que espíritas são macumbeiros. Há os que fazem o sinal da cruz, imaginando que espíritas tem pacto com o demônio. Outros passam a pedir previsões, achando que espíritas são especialistas em prever o futuro.
Ser espírita na verdade é se preocupar em praticar a doutrina organizada por Kardec, recebida pelos próprios espíritos na França do século 19. Ser espirita é essencialmente buscar praticar o cristianismo em sua base moral. É ter o Cristo, não apenas como Salvador, mas como modelo e guia.
Embora respeitem todas as religiões e suas práticas, espiritas não são adeptos do candomblé, ou da umbanda, assim como não são praticantes do catolicismo, nem das religiões protestantes, muçulmanas, oi budistas. A diferença principal, é que espiritismo não tem rituais, não tem chefes hierárquicos, nem sacerdotes. Espiritismo tampouco tem um livro sagrado. A única coisa em que um espirita veementemente acredita é em Deus, acima de todas as coisas, e na caridade como caminho para a salvação. Salvação essa que não vem por obra e graça de ninguém além do nosso próprio esforço, através da nossa reforma íntima, da mudança de nossas más tendências, do amor ao próximo, da solidariedade, da tolerância, da reencarnação, do não julgamento, do perdão incondicional. Essas são as bases da doutrina dos espíritos. Quem quiser conhecer essa doutrina sem os preconceitos de que nos fazemos portadores por conta da nossa própria limitação, verá que se trata de uma filosofia lógica, de respeito à ética e aos exemplos cristãos. E ainda que não passe a seguí-la pois podemos amar a Deus das mais diversas formas, deixara de temê-la por não conhecer.
A parte fenomenológica do espiritismo faz parte de seu principio de comunicabilidade com os desencarnados, mas não é uma regra que todo espirita seja médium. E nem todo médium é espirita. Vale ressaltar apenas, que o médium espirita não recebe favores por seu dom. Seu único objetivo é servir, ajudar, amar. Por seu companheiro que sofre e precisa de ajuda mediúnica naquele momento, e também por sua própria evolução na senda da vida.
Espiritismo é uma doutrina de amor, fé resignação e doação, não de dogmas, ritos e adoração.
Por Cris Vaccarezza