quarta-feira, 25 de abril de 2012

A vinha do Senhor



LEITURA BÍBLICA:
Isaias 5.1-7
“Ele esperava que desse uvas boas, mas só deu uvas azedas.” (Is 5.2c).
No texto de hoje verificamos que o dono da vinha preparou o terreno num local muito fértil, retirou do solo tudo o que podia prejudicar o desenvolvimento de sua plantação e usou mudas das melhores videiras. Preparou até um local para espremer os frutos, esperando colher boas uvas. Contudo, sua decepção foi grande: a vinha deu uvas azedas imprestáveis. Neste cântico, Deus usou a figura de uma vinha para descrever o povo de Israel e Judá. Os israelitas eram provenientes das melhores "videiras" pois descendiam de Abrãao, Isaque e Jacó, pessoas que tiveram experiências marcantes com Deus. Além disso, o local onde foram "plantados" foi preparado com a expulsão de seus antigos moradores. O que Deus queria era que a sua "vinha produzisse bons frutos, mas o problema foi que encontrou frutos indesejáveis. Por isso, Deus lançou uma sentença de juízo sob aquele povo. Paralelamente a isso, o Senhor Jesus Cristo diz com respeito aos mesmos: "Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que, estando em mim, não dá fruto, ele corta; e todo que dá fruto ele poda, para que dê mais frutos ainda" (Jo 15.1-2). Assim sendo, o nosso Deus espera que cada um de seus filhos produza bons frutos, como justiça e retidão (v 7). Para que isso aconteça, precisamos estar ligados a videira, que é Jesus Cristo: "Vocês não podem dar fruto se não permanecerem em mim" (Jo 15.4c). Se não produzirmos bons frutos, corremos o mesmo risco da vinha retratada pelo profeta Isaias. Portanto, se realmente quisermos dar frutos que glorifique a Deus, a condição primordial consiste em permanecer ligado a Jesus Cristo. Receberemos dele toda vitalidade para que os frutos de Deus em nós sejam constantes e abundantes.
Uma efetiva vida com Cristo é o que faz o cristão produzir frutos agradáveis a Deus.
TEXTO EXTRAÍDO DO LIVRO PÃO DIÁRIO
Uma gentileza de Karla Tamires

quinta-feira, 12 de abril de 2012

O que é Ser Espírita?

Ser espírita não é ser nenhum religioso; é ser cristão.

Não é ostentar uma crença; é vivenciar a fé sincera.

Não é ter uma religião especial; é deter uma grave responsabilidade.

Não é superar o próximo; é superar a si mesmo.

Não é construir templos de pedra; é transformar o coração em templo eterno.
Ser espírita não é apenas aceitar a reencarnação;
é compreendê-la como manifestação da Justiça Divina e caminho natural para a perfeição.

Não é só comunicar-se com os Espíritos, porque todos indistintamente se comunicam, mesmo sem o saber; é comunicar-se com os bons Espíritos para se melhorar e ajudar os outros a se melhorarem também.

Ser espírita não é apenas consumir as obras espíritas para obter conhecimento e cultura; é transformar os livros, suas mensagens, em lições vivas para a própria mudança.

Ser sem vivenciar é o mesmo que dizer sem fazer.

Ser espírita não é internar-se no Centro Espírita, fugindo do mundo para não ser tentado; é conviver com todas as situações lá fora, sem alterar-se como espírita, como cristão.

O espírita consciente é espírita no templo, em casa, na rua, no trânsito, na fila, ao telefone, sozinho ou no meio da multidão, na alegria e na dor, na saúde e na doença.

Ser espírita não é ser diferente; é ser exatamente igual a todos, porque todos são iguais perante Deus.

Não é mostrar-se que é bom; é provar a si próprio que se esforça para ser bom, porque ser bom deve ser um estado normal do homem consciente.

Anormal é não ser bom.

Ser espírita não é curar ninguém; é contribuir para que alguém trabalhe a sua própria cura.


Não é tornar o doente um dependente dos supostos poderes dos outros; é ensinar-lhe a confiar nos poderes de Deus e nos seus próprios poderes que estão na sua vontade sincera e perseverante.

Ser espírita não é consolar-se em receber; é confortar-se em dar, porque pelas leis naturais da vida, "é mais bem aventurado dar do que receber".

Não é esperar que Deus desça até onde nós estamos; é subir ao encontro de Deus, elevando-se moralmente e esforçando-se para melhorar sempre.

Isto é ser espírita.

Com as bênçãos de Jesus, nosso Mestre.

Retirado do livro "Aprendendo a lidar com as crises" – Wanderley Pereira.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Gentilezas diárias


A vida é repleta de pequenas gentilezas, tão sutis quanto marcantes no nosso cotidiano.
O jardim florido oferece um colorido para a paisagem, o sol empresta suas cores para o céu antes de se pôr, a borboleta ensina suavidade e leveza para quem acompanha seu voo.
A gentileza tem essa característica: sutil mas marcante, silenciosa e ao mesmo tempo eloquente, discreta e contundente.
O portador da gentileza o faz pelo prazer de colorir a vida do próximo com suavidade, para perfumar o caminho alheio com brisa suave que refresca a alma.
A gentileza tem o poder de roubar sorrisos, quebrar cenhos carregados ou aliviar o peso de ombros cansados pelas fainas diárias.
E ela se faz silenciosa, algumas vezes tímida, inesperada na maioria das vezes, surpreendendo quem a recebe.
A gentileza não se pede, muito menos se exige... É presente de almas nobres, presenteando outras almas, pelo simples prazer de fazer o dia do outro um pouco mais leve.
Você já experimentou o prazer de ser gentil? Experimente oferecer o seu bom dia a quem encontrar no ponto de ônibus, no elevador ou no caixa do supermercado.
Mas não o faça com as palavras saindo da boca quase que por obrigação. Deseje de sua alma, com olhos iluminados e o sorriso de quem deseja realmente um dia bom, para quem compartilha alguns minutos de sua vida.
A gentileza é capaz de retribuir com nobreza quando alguém fura a fila no supermercado ou no banco, com a sabedoria de que alguns breves minutos não farão diferença na sua vida.
Esquecemos que alguns segundos no trânsito, oferecendo a passagem para outro carro, ou permitindo ao pedestre terminar de atravessar a rua não nos fará diferença, mas facilitará muito a vida do outro.
E algumas vezes, dentro do lar, a convivência nos faz esquecer que ser gentil tempera as relações e adoça o caminhar.
E nada disso somos obrigados a fazer, mas quando fazemos, toda a diferença se faz sentir...
A gentileza se faz presente quando conseguimos esquecer de nós mesmos por um instante para lembrar do próximo. Quando abrimos mão de nós em favor do outro, por um pequeno momento, a gentileza encontra oportunidade de agir.
Ninguém focado em si mesmo, mergulhado no seu egoísmo, encontra oportunidade de ser gentil. Porque, para ser gentil, é fundamental olhar para o próximo, se colocar no lugar do próximo, e se sensibilizar com a possibilidade de amenizar a vida do nosso próximo.
Se não é seu hábito, exercite a capacidade de olhar para o próximo com o olhar da gentileza. Ofereça à vida esses pequenos presentes, espalhando aqui e acolá a suavidade de ser gentil.
E quando você menos esperar, irá descobrir que semear flores ao caminhar, irá fazer você, mais cedo ou mais tarde, caminhar por estradas floridas e perfumadas pela gentileza que a própria vida irá lhe oferecer.

Redação do Momento Espírita.
Em 01.09.2009.

Abraço de Deus


É uma avó que conta que, certo dia, sua filha lhe telefonou do Pronto-Socorro. Sua neta, Robin, de apenas seis anos, tinha caído de um brinquedo, no pátio da escola, e havia ferido gravemente a boca.
A avó foi buscar as irmãs de Robin na escola e passou uma tarde agitada e muito tensa, cuidando das crianças, enquanto aguardava que a filha retornasse com a menina machucada.
Quando finalmente chegaram, as irmãs menores de Robin correram para os braços da mãe. Robin entrou silenciosa na casa e foi se sentar na grande poltrona da sala de estar.
O médico havia suturado a boca da menina com oito pontos internos e seis externos. O rosto estava inchado, a fisionomia estava modificada e os fios dos cabelos compridos estavam grudados com sangue seco.
A garotinha parecia frágil e desamparada. A avó se aproximou dela com o máximo cuidado. Conhecia a neta, sempre tímida e reservada.
Você deseja alguma coisa, querida? Perguntou.
Os olhos da menina fitaram a avó firmemente e ela respondeu:
Quero um abraço.
*  *  *
À semelhança da garotinha machucada, muitas vezes desejamos que alguém nos tome nos braços e nos aninhe, de forma protetora.
Quando o coração está dilacerado pela injustiça, quando a alma está cheia de curativos para disfarçar as lesões afetivas, gostaríamos que alguém nos confortasse.
Quando dispomos de amores por perto, é natural que os busquemos e peçamos: Abrace-me. Escute-me. Dê-me um pouco de carinho. Um chá de ternura.
Contudo, quando somos nós que sempre devemos confortar os outros, mais frágeis que nós mesmos, ou quando vivemos sós, não temos a quem pedir tal recurso salutar.
Então, quando estivermos ansiosos por um abraço consolador nos nossos momentos de cansaço, de angústia e de confusão, pensemos em quem é o responsável maior por nós.
Quando não tivermos um amigo a quem telefonar para conversar, conversemos com Nosso Pai. Sirvamo-nos dos recursos extraordinários da oração e digamos tudo o que Ele, como Onisciente, já sabe, mas que nós desejamos contar para desabafar, aliviar a tensão interna.
Falemos das nossas incertezas e dos nossos dissabores, sobre as nossas decepções e nossos desacertos e nos permitamos sentir o envolvimento do Seu abraço de Pai amoroso e bom.
Não importa como o chamemos: Pai, Deus, Criador, Divindade. O importante é que abramos a nossa intimidade e nos permitamos ser acarinhados por Ele.
Ele sempre está pronto para abraçar Seus filhos, sem impor condições.
E se descobrirmos que faz muito tempo que não sentimos esse abraço Divino, tenhamos a certeza de que faz muito tempo que não o pedimos.
*  *  *
Victor Hugo, poeta e romancista francês, escreveu um dia: Tenha coragem para lidar com as grandes tristezas da vida. E paciência para lidar com as pequenas.
E, depois de ter cumprido laboriosamente sua tarefa diária, vá dormir em paz.
Deus continua acordado.
Pensemos nisso. Deus está sempre acordado, e velando por nós.

Redação do Momento Espírita com base no cap. Consolador, de autoria de Joni Eareckson Tada, do livro Histórias para o coração da mulher, de Alice Gray, ed. United Press.
Em 10.03.2011.

Abnegação


          A evolução espiritual é um fenômeno bastante complexo, que se dá em sucessivas fases.

         No começo, predomina a natureza corpórea.

         Dominada pelos instintos, a criatura dedica seu tempo e seu interesse a atividades comezinhas.

         Comer, vestir-se, abrigar-se, procriar e cuidar da prole, eis a que se resumem suas preocupações.

         Nesse período, o egoísmo é marcante.

         Os instintos de conservação da vida e da preservação da espécie têm absoluta preponderância.

         Com o tempo, o ser começa a desvincular-se de sua origem.

         A inteligência se desenvolve, o raciocínio se sofistica e o senso moral desabrocha.

         As invenções tornam possível gastar tempo com questões não diretamente ligadas à sobrevivência.

         Viver deixa de ser tão difícil, sob o prisma material.

         Em compensação, começam os dilemas morais.

         Com a razão desenvolvida, a responsabilidade surge forte nos caminhos espirituais.

         O que antes era admissível passa a ser um escândalo.

         A sensibilidade se apura e a criatura aspira por realizações intelectuais e afetivas.

         Essa nova sensibilidade também evidencia que o próximo é seu semelhante, com igual direito a ser feliz e realizado.

         Gradualmente se evidencia a igualdade básica entre todos os homens.

         Malgrado possuidores de talentos e valores diversos, não se distinguem no essencial.

         Uma chama divina os anima e a todos conduzirá aos maiores cimos da evolução.

         Contudo, o abandono dos hábitos toscos das primeiras vivências não é fácil.

         Séculos são gastos na árdua tarefa de domar vícios e paixões.

         As encarnações se sucedem enquanto o Espírito luta para ascender.

         O maior entrave para a libertação das experiências dolorosas é o egoísmo, que possui forte vínculo com o apego às coisas corpóreas.

         Quanto mais se aferra aos bens materiais, mais o homem demonstra pouco compreender sua natureza espiritual.

         O Espírito necessita libertar-se do apego a coisas transitórias.

         Apenas assim ele adquire condições de viver as experiências sublimes a que está destinado.

         Quem deseja sair do primitivismo deve combater o gosto pronunciado pelos gozos da matéria.

         O melhor meio para isso é praticar a abnegação.

         Trata-se de uma virtude que se caracteriza pelo desprendimento e pelo desinteresse.

         A ação abnegada importa na superação das tendências egoístas do agente.

         Age-se em benefício de uma causa, pessoa ou princípio, sem visar a qualquer vantagem ou interesse pessoal.

         Certamente não é uma virtude que se adquire a brincar.

         Apenas com disciplina e determinação é que ela se incorpora ao caráter.

         Mas como ninguém fará o trabalho alheio, é preciso principiar em algum momento.

         Comece, pois, a praticar a abnegação.

         Esforce-se em realizar uma série de atitudes com foco no próximo.

         Esqueça a sua personalidade e pense com interesse no bem alheio.

         Esse esforço inicial não tardará a dar frutos.

         O gosto pelo transitório lentamente o abandonará.

         Ele será substituído pelos prazeres espirituais.

         Você descobrirá a ventura de ser bondoso, de amparar os caídos e de ensinar os ignorantes.

         Esses gostos suaves e transcendentes o conduzirão a esferas de sublimes realizações.

         Pense nisso.

Redação do Momento Espírita.
Em 25.02.2008.

Abra o seu coração


A sala estava repleta de convidados, todos curiosos para ver a obra de arte, ainda oculta sob o pano branco.
Falava-se que o quadro era lindo.
As autoridades do local estavam presentes, entre fotógrafos, jornalistas e outros convidados porque o pintor era, de fato, muito famoso.
Na hora marcada, o pano que cobria a pintura foi retirado e houve caloroso aplauso.
O quadro era realmente impressionante.
Tratava-se de uma figura exuberante de Jesus, batendo suavemente na porta de uma casa.
O Cristo parecia vivo. Com o ouvido junto à porta, Ele desejava ouvir se lá dentro alguém respondia.
Houve discursos e elogios.
Todos admiravam aquela obra de arte perfeita.
Contudo, um observador curioso achou uma falha grave no quadro: a porta não tinha fechadura.
Dirigiu-se ao artista e lhe falou com interesse: A porta que o senhor pintou não tem fechadura. Como é que o Visitante poderá abri-la?
É assim mesmo, respondeu o pintor calmamente.
A porta representa o coração humano, que só abre pelo lado de dentro.
*   *   *
Muitas vezes mal interpretado, outras tantas, desprezado, grandemente ignorado pelos homens, o Cristo vem tentando entrar em nossa casa íntima há mais de dois milênios.
Conhecedor do caminho que conduz à felicidade suprema, Jesus continua sendo a Visita que permanece do lado de fora dos corações, na tentativa de ouvir se lá dentro alguém responde ao Seu chamado.
Todavia, muitos O chamamos de Mestre mas não permitimos que Ele nos ensine as verdades da vida.
Grande quantidade de cristãos fala que Ele é o médico das almas, mas não segue as prescrições d'Ele.
Tantos dizem que Ele é o irmão maior, mas não permitem que coloque a mão nos seus ombros e os conduza por caminhos de luz...
Talvez seja por esse motivo que a Humanidade se debate em busca de caminhos que conduzem a lugar nenhum.
Enquanto o Cristo espera que abramos a porta do nosso coração, nós saímos pelas janelas da ilusão e desperdiçamos as melhores oportunidades de receber esse Visitante ilustre, que possui a chave que abre as portas da felicidade que tanto desejamos.
E se você não sabe como fazer para abrir a porta do seu coração, comece por fazer pequenos exercícios físicos, estendendo os braços na direção daqueles que necessitam da sua ajuda.
Depois, faça uma pequena limpeza em sua casa íntima, jogando fora os detritos da mágoa, da incompreensão, do orgulho, do ódio...
Em seguida, busque conhecer a proposta de renovação moral do Homem de Nazaré.
Assim, quando você menos esperar, Ele já estará dentro do seu coração como convidado de honra, para guiar seus passos na direção da luz, da felicidade sem mescla que você tanto deseja.
*  *  *
O olhar de Jesus dulcificava as multidões.
Seus ouvidos atentos descobriam o pranto oculto e identificavam a aflição onde se encontrasse.
Sua boca, plena de misericórdia, somente consolou, cantando a eterna sinfonia da Boa Nova em apelo insuperável junto aos ouvidos dos tempos, convocando o homem de todas as épocas à conquista da felicidade.
  Redação do Momento Espírita, com base no verbete Jesus, do livro
Repositório de sabedoria, v. 2, do Espírito Joanna de Ângelis, psicografia
 de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal e história de autor desconhecido.
Disponível no CD Momento Espírita, v. 11 e no livro Momento Espírita, v. 4,  ed. Fep
Em 31.01.2010.