O inseto vermiforme que rasteja à Terra.
Sobe o caule generoso em busca da seiva
E encontra a luz do sol que resplandece
Dando a lagarta um sonho de liberdade.
Ele olha o céu, as nuvens a lua e as estrelas
E deseja asas para voar leve como o ar.
Como pode o pobre, feio, inseto almejar
Levantar vôo como um anjo às alturas?
É preciso transformar, revolver por dentro
Em crisálida isola-se o ser sobre si mesmo
Em conflito imenso muda-se para voar
O que era desejo torna-se asas que vão ao ar
Aquele que deseja alcançar as estrelas
Como a lagarta que se torna em borboleta
Com coragem precisa revolver entranhas
E encontrar no coração as asas da liberdade
Marcelo Martinho
Nenhum comentário:
Postar um comentário